Democracia


O conceito de autonomia para as instituições universitárias só é plenamente possível se a tomada de decisão no seu interior for reflexo de mecanismos mais avançados de debate, que dêem conta de envolver todos os segmentos da comunidade acadêmica e a própria sociedade.
Hoje, esses mecanismos ainda não estão dados. Nas universidades públicas ainda somos regidos por colegiados autoritários que tem participação obrigatória de 70% de docentes e sequer pode-se eleger o Reitor de forma paritária pela comunidade.
Nas Universidades pagas o autoritarismo é mais evidente. Na maioria das instituições não existe qualquer discussão sobre escolha de dirigentes, espaços coletivos que debatam o projeto político pedagógico das instituições e dos cursos e os segmentos muitas vezes são impossibilitados de ser organizarem em sindicatos ou entidades estudantis.
Inibir a ampla participação da comunidade acadêmica e da sociedade nos rumos da universidade significa torná-la frágil diante dos interesses das mantenedoras e das fundações privadas, que definem aplicação de investimento e destino de recursos sem passar pelas instâncias de deliberação.
O processo de mercantilizaçã o da educação impede a democratização das instituições privadas, seja pela não existência de colegiados democráticos, seja pela limitação de liberdade acadêmica, seja pela repressão à organização da comunidade. Já que nesses casos prevalece ao interesse privatista, consistindo assim num forte ataque a autonomia universitária e ao projeto de desenvolvimento na qual a universidade deve estar inserida.
  • Eleição direta para reitor nas universidades com eleição paritária! Pelo fim da lista tríplice!;
  • Paridade em todos os órgãos colegiados com 1/3 para cada representação: discente, docentes e técnico-administrati vos;
  • Livre organização estudantil e sindical com garantia de espaço para o funcionamento das entidades de participação;
  • Definir que as mantenedoras não poderão exceder 20% da representação total dos colegiados, independente do cargo
  • ou atividade que exerçam na instituição;
  • Criação de câmaras comunitárias nas universidades que permita a participação da sociedade nas decisões das instituições.

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