Acesso
A
juventude é a maior parcela da população brasileira, sendo portanto, o setor
que mais sofre com desemprego, violência, ausência de políticas públicas e com
a precariedade do acesso à educação. O caráter elitista da universidade é uma
das suas marcas mais difíceis e a mais necessária de ser rompida.
O Brasil
precisa de muitos braços, mentes e corações para construir um caminho de
crescimento soberano e com justiça social, e para isso, não é mais possível
perder a energia criativa de cada criança que está fora da escola e das
milhares que não chegam ao ensino superior. A democratização da cultura, do
acesso ao conhecimento é essencial para a formação de indivíduos livres e
críticos à serviço da nação.
Um sistema de educação superior pode ser caracterizado por acesso de elite se 15% da juventude de 18 a 24 anos estiver na universidade, por acesso de massa se a parcela for de 15 a 40% e o acesso universal acima de 40%. Países da Europa, EUA, Canadá, Coréia, dentre outros, já alcançaram o patamar de um ensino superior de massa. No Brasil ainda estamos na marca de 12,1%.
Um sistema de educação superior pode ser caracterizado por acesso de elite se 15% da juventude de 18 a 24 anos estiver na universidade, por acesso de massa se a parcela for de 15 a 40% e o acesso universal acima de 40%. Países da Europa, EUA, Canadá, Coréia, dentre outros, já alcançaram o patamar de um ensino superior de massa. No Brasil ainda estamos na marca de 12,1%.
A nossa
principal tarefa neste momento é reverter a lógica privatista que predominou na
educação brasileira, com forte ampliação das vagas gratuitas no ensino superior
através da interiorização das já existentes, da expansão do ensino à distancia
através da UAB (Universidade Aberta do Brasil) e de uma nova regulamentação da
educação à distância. Através da duplicação das vagas gratuitas oferecidas pelo
PROUNI. No processo de ampliação deverão ocorrer mudanças que incluam
assistência estudantil aos bolsistas, que possibilitem o acesso a informações,
sobre bolsas de iniciação científica e até os critérios para a perda de
bolsa. Está ligado também a qualidade do ensino nessas instituições e de seu
controle social, só possível a partir de uma regulamentação.
Precisamos
garantir mudanças na forma de acesso à universidade. O vestibular é um filtro
sócio–econômico poderoso, que continuará excluindo as parcelas mais populares
da juventude. Temos que levantar a bandeira do fim do vestibular e levantar
ainda mais forte a bandeira da reserva de vagas seja lá qual for a forma de
acesso.
- Atingir até 2020 a proporção
mínima de 50% das vagas no ensino superior oferecidas na rede pública e
gratuita;
- Duplicação das vagas
gratuitas oferecidas na rede privada através do PROUNI – Programa
Universidade para Todos;
- Isso representa 60% das
vagas gratuitas no ensino superior brasileiro até 2020;
- Buscar a expansão
qualificada do sistema público duplicando o número de alunos na graduação
a cada 5 anos, com centralidade no curso noturno (atingir no mínimo 1
milhão e 200 mil matrículas em 2015 e 2 milhões e 400 mil em 2020);
- Ofertar 100.000 novas vagas
nos cursos noturnos das IFES até 2020;
- Superar a desigualdade de
oferta de vaga em cada estado da federação;
- Fim do Vestibular!
Instituição de novo modelo democrático de ingresso no ensino superior que
não se limite ao modelo meritocrático ao qual se baseia o vestibular;
- Pela implementação imediata
do PL 73/99 que garante Reserva de Vagas para estudantes de escola
pública, e Cotas para negros nas universidades públicas;
- Pela obrigatoriedade do
ensino médio, garantindo com isso a responsabilidade do Estado em garantir
vagas a todos os estudantes brasileiros, possibilitando assim um maior
numero de jovens alcançarem o ensino superior;
- Responsabilizar as
universidades pela qualidade do Ensino Médio brasileiro: Reforma do Ensino
Médio e Profissionalizante;
- Ampliar a rede de Ensino
Profissionalizante através dos IFET's e de vagas gratuitas no Sistema S;
- Criar mecanismos para ocupar
100% das vagas ociosas em cada semestre.
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