Extensão
Na
universidade brasileira é comum observar o discurso da valorização do chamado
tripé: ensino, pesquisa e extensão. Contudo, observa-se na pratica uma
priorização das atividades de ensino e pesquisa, em detrimento das atividades
de extensão. Este processo se dá devido uma visão desvirtuada do papel social
da universidade e do processo de produção de conhecimento.
Não
obstante, observa-se ainda, que a grande maioria dos programas de extensão
desenvolvidas nas IES, apresentam um caráter assistencialista e tecnicista, não
dialogam no sentido da superação das dificuldades estruturais da sociedade
brasileira, da valorização do potencial e do saber popular e não apresentam
soluções consistentes dos problemas diagnosticados em comunidades carentes.
Aliado a
este processo, a real articulação entre ensino, pesquisa e extensão é
praticamente inexistente e a política de financiamento das atividades de
extensão é insuficiente, limitando a capacidade das IES e do atendimento das
demandas sociais.
Faz-se urgente o nosso debate sobre educação popular. Uma educação que além de garantir o acesso e a permanência nas universidades, possa desconstruir alguns conceitos presentes em nossa formação. Educação popular é a democratização da universidade em todos os níveis, principalmente na participação massiva e igualitária da comunidade universitária na definição dos rumos que a universidade deve tomar. E, mais do que isso, educação popular é fazer com que todo conhecimento produzido na universidade, seja produzido de forma a estabelecer dialogo com as demandas sociais presentes na contradição da nossa sociedade.
Faz-se urgente o nosso debate sobre educação popular. Uma educação que além de garantir o acesso e a permanência nas universidades, possa desconstruir alguns conceitos presentes em nossa formação. Educação popular é a democratização da universidade em todos os níveis, principalmente na participação massiva e igualitária da comunidade universitária na definição dos rumos que a universidade deve tomar. E, mais do que isso, educação popular é fazer com que todo conhecimento produzido na universidade, seja produzido de forma a estabelecer dialogo com as demandas sociais presentes na contradição da nossa sociedade.
As
pesquisas devem ser produzidas para e com o povo, para que de fato a extensão
universitária seja um tripé indispensável para a formação universitária e para
a produção do conhecimento. Precisamos fortalecer a extensão popular como
instrumento de mudança da lógica capitalista na universidade, contribuindo para
que a população possa exercer influencia na produção do conhecimento, e que
este seja produzido para atender e proporcionar alternativas para uma sociedade
justa e soberana, com desenvolvimento sustentável e qualidade de vida.
Defendemos
uma Universidade criadora e popular. Uma Universidade que seja capaz de
dialogar com os diversos segmentos da sociedade brasileira e que apresente
soluções concretas a problemas reais. Problemas estes mais sentidos pelas
parcelas marginalizadas da nossa sociedade. Defendemos uma atividade de
extensão que valorize a "troca" de saberes. O dialogo entre o
conhecimento formal sistematizado e o conhecimento popular transmitido por
atores sociais antes invisíveis na sociedade brasileira
Propostas:
- Garantia de carga horária
mínima de atividades de extensão nas grades curriculares dos cursos de
graduação;
- Garantia de recurso de
financiamento a atividades de extensão em instituições federais como CAPES
e CNPQ;
- Ampliar atividades de
extensão em áreas de grande pertinência social.
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